Bibliologia

Aula de Bibliologia - Interpretações

Texto sobre interpretações:
Princípios de interpretação


Regras de interpretação da bíblia

Estas regras servem para ajudar compreender a bíblia. O que se percebe é muita falta de conhecimento de hermenêutica e muitas pessoas pensam que não precisam de regras para se entender o que se lê.

1º - Ler o texto. Isto significa compreender o que eu vejo.

2º - Interpretar o texto dentro do contexto. Assim vc vai compreender o que significa o que leu.

a) Compreender o texto no contexto, é a leitura textual;

b) compreender o texto no contexto histórico. É a leitura histórico-crítica;

c) Ver o gênero literário: poesias, história, profecia, etc.

3º - Fazer correlações com outros texto equivalentes.

4º - Fazer aplicação do texto para a vida, igreja, para os dias de hoje, etc.

5º - Tirar idéias contidas no texto, não impor uma idéia ao texto, senão o texto vai virar mero pretexto para justificar uma ponto de vista errado.

6º - Do texto pode existir idéias implícitas, explicitas e idéias excluídas do texto.

Seguindo estas simples regras vamos nos preservar de muitos erros de interpretação da bíblia.

Nove princípios muito úteis
É importante que conheçamos nove regras que devem nortear nosso trabalho de interpretação:

Oração
Todo o trabalho de interpretação deve começar com a oração. É necessário que nos cubramos com a proteção de Deus e convidemos o Espírito Santo a ser o nosso Mestre. O Espírito Santo tem uma tarefa de ensinar-nos acerca de Cristo (Jo 16:13-14).
Do mesmo modo, é ele quem nos mostra as profundas revelações de Deus: "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito, porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus... Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim, o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente" (1Co 2:10, 12). Em outro lugar a Escritura afirma que nosso conhecimento advém do fato de possuir uma unção do Espírito: "E vós possuís unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimento" (1Jo 2:20).
O verdadeiro entendimento da Palavra advém, em primeiro lugar, desse contato íntimo e freqüente entre o intérprete e o Deus que inspirou as Escrituras.

Descrição ou Prescrição?
É preciso distinguir entre texto descritivo e texto prescritivo. Descritivo é o texto que descreve algo, narra um acontecimento. O fato de algo ser contado na Bíblia não significa que o mesmo é regra para hoje. Os relatos históricos, por exemplo, transmitem-nos preciosas lições espirituais. No entanto, não devemos tirar deles doutrinas absolutas para nós hoje. Só podemos tirar doutrina de história se houver concordância dos textos bíblicos doutrinários, principalmente nas epístolas do Novo Testamento. Prescritivo é o texto que traz regras, ensinamentos e mandamentos para nós hoje. Vemos nas Escrituras passagens destinadas claramente à instrução e doutrinamento.

Ir do simples ao complexo
Pergunte sempre qual o significado mais simples, mais claro, mais singelo. A Bíblia é um livro que pode ser entendido por todo cristão, do erudito até o semi-analfabeto. A verdade mais clara é sempre preferível aos posicionamentos nebulosos e "profundos" (às vezes sem fundo mesmo!).
Isso não significa que todo o conteúdo bíblico seja fácil de entender. Em algumas partes do mesmo, precisaremos de auxílio adicional, e aqui entra a contribuição das boas introduções, manuais e comentários. E não apenas isso. Algumas passagens, ficarão simplesmente sem interpretação, por completa falta de informação. Mesmo o maior estudioso não sabe tudo sobre a Bíblia. Por isso mesmo devemos fugir de interpretações que exijam verdadeiras ginásticas mentais. Só devemos ir ao complexo se houver indício de revelação progressiva.

Cuidado com os textos "misteriosos"
Não dê atenção a textos obscuros. Pode parecer estranho, mas esse é um princípio que eu considero dos mais importantes. Alguns indivíduos tem o prazer em escarafunchar curiosidades inócuas tais como quem era o jovem nu do final do Evangelho de Marcos (Mc 14:51-52), os detalhes do batismo pelos mortos citados por Paulo em 1Co 15:29, acerca da pregação de Cristo aos espíritos em prisão, citada em 1Pe 3:18-20. Assim, perde-se tempo analisando detalhes irrelevantes. Essas questões podem parecer um "prato cheio" para os eruditos e técnicos textuais do Novo Testamento, mas, na maioria das vezes, dizem pouco ao cristão comum.
Partamos do princípio que todas as principais doutrinas e ensinamentos para a nossa vida prática estão expostos de modo claro na Bíblia. Os textos complicados, porquanto bíblicos, e por isso, valiosos, não são fundamentais para a nossa fé.
Ninguém vai deixar de ser salvo, por exemplo, se desconhecer o significado do número da besta, 666, de Ap 13. O trabalho do intérprete é aprender os ensinos claros e passá-los adiante.
Não devemos buscar decifrar mistérios, especializarmo-nos em uma espécie de esoterismo cristão. Tal insistência produz obsessão por posicionamentos obtusos, que não são saudáveis para a Igreja de Cristo.

Considere a revelação progressiva
A terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga e, por fim, o grão cheio na espiga — Mc 4:28
Algumas verdades foram reveladas em semente no Velho Testamento, e só no Novo Testamento encontramos sua plena expressão, como por exemplo o ministério de Cristo, a Igreja, a nova dimensão da guarda do sábado, a situação pós-morte, etc.

Compare Escritura com Escritura
O melhor comentário sobre a Bíblia é a própria Bíblia. Compare os princípios encontrados com o restante das Escrituras. Se houver reafirmação da verdade, principalmente no Novo Testamento, devemos ensiná-la com convicção. Essa regra é chamada pelos intérpretes de "analogia das Escrituras", e, bem utilizada, evita uma série de erros grosseiros de interpretação.
O intérprete realiza o seu trabalho convicto de que a Escritura não se contradiz. Algumas verdades são difíceis de conciliar, mas isso não significa que sejam excludentes.
Um exemplo disso é a questão da responsabilidade humana e da soberania divina. Alguns afirmam que Deus é quem decreta e dirige todas as coisas. Ele domina sobre tudo, e todas as coisas ocorrem segundo o plano predeterminado pelo Senhor (Sl 139:16; Pv 21:1; Is 46:9-11; Mt 10:29; At 2:23, 4:24, 28, 13:48; Rm 8:28-30, 9:8-24; Ef 1:5, 11; I Ts 5:9; 1Pe 5:11; Ap 1:6). Outros afirmam que, na verdade, o homem é responsável diante de Deus por seus atos. A existência do mal no mundo, e as conseqüências ruins provenientes do pecado são responsabilidade dos anjos e dos homens e não de Deus (Ez 18:29). Os homens são responsáveis diante de Deus pela sua rejeição ao Evangelho de Cristo, e quem não crer no Filho de Deus trará sobre si a justa condenação (Jo 5:24, 40, 6:29, 47-51).
Os cristãos bíblicos aceitam ambos os ensinos como expressão da mais pura verdade de Deus. Aqui encontramos uma antinomia. Antinomia, conforme o Dicionário Aurélio, é o "conflito entre duas afirmações demonstradas ou refutadas aparentemente com igual rigor". O problema, nas antinomias, não está na Bíblia, e sim na finitude de nossa compreensão. O fato de não entendermos alguma coisa não significa que ela esteja errada. O professor ou pregador deve ensinar tanto a soberania divina quanto a responsabilidade humana. Algumas respostas a tais questões só nos serão fornecidas na eternidade.

Cuidado com as "novas revelações"
Quando falamos de interpretação, o Espírito Santo não concede nova revelação, e sim iluminação. Não há nova verdade a ser acrescentada sobre o texto bíblico. Há nova iluminação, ou seja, são-nos mostrados novos aspectos da verdade que são relevantes para a nossa situação atual. A verdade é apenas uma. As aplicações dessa verdade é que são diversas. Somos incumbidos de entender a verdade e, sob a unção do Espírito de Cristo aplicá-la. Não fomos chamados para descobrir novas coisas, mas para ensinar as velhas e maravilhosas verdades de forma nova, pois elas são sempre necessárias em nossa geração.

Observe o Contexto
Conforme W. D. Chamberlain, "para interpretar contextualmente, há de se levar em conta o conteúdo geral de todo o documento, se ele é um discurso unificado. Então, o matiz de pensamento que circunscreve a passagem, pois que mui freqüentemente afeta ele o sentido dos termos a interpretar-se". Em algumas ocasiões, como por exemplo, numa interpretação de uma epístola, o seu "teor geral dita o sentido real da passagem" .
Quando desconsideramos o contexto, estamos sujeitos a errar a nossa interpretação. Um exemplo clássico é Ap 3:20: "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo". Tenho ouvido muitos pregadores que usam a passagem como uma espécie de apelo evangelístico. O convite do Senhor, no entanto, neste caso, não é dirigido aos pecadores para que eles se arrependam e creiam no evangelho. O convite de Cristo aqui dirige-se aos crentes orgulhosos. O versículo em questão faz parte da carta de Jesus à Igreja de Laodicéia (Ap 3:14). Um modo eficaz de olharmos os textos contextualmente é os observarmos em blocos redacionais, conforme o exemplo abaixo:
Evangelho de João.
21 Capítulos, divididos em duas partes:
- Caps. 1-13: O Livro dos Sinais.
- Caps. 14-21: O Livro da Glória.
Objetivo do livro: Gerar fé nos leitores, de que Jesus Cristo é o Filho de Deus (Jo 20:31).
Seção é uma divisão maior do livro. No caso do Ev. de João, podemos afirmar que existem duas grandes seções: Sinais e Glória.
Capítulo é uma unidade menor dentro de uma seção. É interessante dividirmos os parágrafos dentro dos capítulos para entendermos melhor o texto.
Perícope ou texto analisado é a unidade menor dentro de um capítulo. Pode abranger um ou mais parágrafos. O texto estudado pode abranger apenas parte de um parágrafo, ou mesmo um só versículo. É importante estabelecer a relação deste texto com o capítulo, com a seção e com o restante do livro. Essa análise ampla permite uma interpretação harmoniosa e equilibrada.
A interpretação deve levar em conta toda essa estrutura textual. Chamamos de contexto imediato tudo aquilo que está próximo ao texto estudado (parágrafo e capítulo).
Chamamos de contexto remoto tudo aquilo que está distante, mas ao mesmo tempo abrange o texto estudado (seção— divisões maiores da obra, e o livro como um todo).
Devemos sempre perguntar ao texto: qual o contexto próximo? O parágrafo está tratando de que tema? E o capítulo? E a seção? Aqui estabeleceremos uma relação entre os elementos textuais, e estaremos mais aptos a discernir o significado da passagem. Todo texto deve ser interpretado dentro do seu contexto. Como diz um ditado da IB, "texto tirado de contexto é pretexto". Muitos usam textos deslocados para provar as suas doutrinas preferidas. Não caiamos nesse ardil!

Interpretação alegórica ou literal?
Ao interpretarmos um texto, fujamos da interpretação alegórica. O texto normalmente significa aquilo que está escrito mesmo. Em ocasiões iremos nos defrontar com figuras de linguagem. Cristo diz, por exemplo, que ele é "a porta" (Jo 10:7). Nesse caso, o bom senso nos diz que cabe aqui uma interpretação simbólica. Em outras situações, porém, devemos cuidar para não alegorizar aquilo que é literal.
Ouvi certa vez uma pregação sobre o casamento de Isaque relatado em Gn 24. O pregador disse que o servo de Abraão era um "tipo" do Espírito Santo, e que Rebeca é um símbolo da Igreja. Se formos utilizar tais artifícios em nossa interpretação, poderemos transformar o texto bíblico naquilo que quisermos. Devemos levar a Bíblia a sério. Os casos onde não estiver clara uma figura de linguagem, ou onde o estilo de literatura não for claramente figurativo, tais como nos Salmos e no Apocalipse, devemos sempre interpretar literalmente. O bom senso e a liderança do Espírito Santo nos garantirão bom resultado nessa empreitada.

Andando de bicicleta nas ruas do Antigo e Novo Testamentos
Sei que, inicialmente, a observação dos nove princípios acima poderá parecer um pouco complicada. Alguns, vendo a grandeza da tarefa, poderão até pensar em desistir. Quero incentivá-los a perseverarem. Deus recompensa nosso esforço de buscarmos entender melhor a sua Palavra. A situação assemelha-se a andar de bicicleta. Nas primeiras vezes que tentamos tivemos dificuldades. Alguém nos empurrava e, mesmo com rodinhas, levávamos uns bons tombos! Com o tempo, porém, fomos adquirindo confiança e coordenação. Começamos a pedalar com firmeza e ganhamos equilíbrio. Não precisamos mais de quem nos empurrasse. Depois, foram retiradas as rodinhas, e hoje passeamos prazeirosamente com nossas bicicletas. Sentamos no selim, e nem notamos que estamos tendo de coordenar um monte de movimentos ao mesmo tempo. O mesmo ocorre com a IB. Depois de certo tempo, adquiriremos o hábito de caminhar seguindo a trilha destas nove regrinhas, e exploraremos as ruas do Antigo e Novo Testamentos. Faremos isso prazerosamente, sem tantas dificuldades. Aqui, é claro, termina a similaridade com o treinamento na bicicleta. No caso da IB, jamais poderemos dispensar a ajuda de nosso treinador: o Espírito Santo. Ele sempre estará conosco neste caminho, e nosso destino será a terra da boa doutrina, de onde poderemos encontrar ao Senhor Jesus Cristo, e desfrutar por ele do gostoso fruto da árvore da vida. A Ele toda honra e toda glória.
MATERIAIS EMPREGADOS NA REDAÇÃO DA BÍBLIA

1)      MATERIAL PARA ESCRITA:

a)      Papiro. A impossibilidade de recuperar muitos dos antigos manuscritos se deve basicamente aos materiais perecíveis empregados na escrita da Bíblia ("manuscrito", é, neste sentido, uma cópia à mão das Escrituras Sagradas). Dentre os antigos materiais de escrita, o mais comum era o papiro, feito de planta do mesmo nome. Esse junco crescia nos rios e lagos de pouca profundidade existentes no Egito e na Síria. Grandes carregamentos de papiro eram despachados através do porto sírio de Biblos. Supõe-se que a palavra grega "biblos" (correspondente a livro), tenha origem no  nome desse porto. A palavra portuguesa "papel", vem da palavra grega "papiros".
Tão perecível era esse material que, a conclusão é que há muito, todos os autógrafos se perderam; e concluem-se também que os escribas geralmente destruíam seus exemplares após copiarem os livros sagrados.
"The Cambridge History of the Bible", relata como se preparava o papiro para essa escrita: "Retiravam-se as películas que envolvem o caule, cortavam-nas no sentido longitudinal, em fitas estreitas, sendo então socadas e prensadas em várias camadas, sendo que cada camada era disposta perpendicularmente em relação à camada inferior. Quando seca,  a superfície esbranquiçada era polida com uma pedra ou outro objeto. Plínio menciona diversos tipos de papiro que foram achados de diferentes espessuras e superfícies, produzidos antes do período do Novo Império, quando as folhas eram freqüentemente bem finas e translúcidas. O mais antigo fragmento de papiro de que se tem, notícia é de 2.400 a.C. Os mais antigos manuscritos foram escritos em papiro e era difícil a preservação de qualquer um desses papiro, exceto em regiões secas, como as áreas desérticas do Egito, ou em cavernas semelhantes de Qumram, onde foram achados os rolos do mar Morto. O uso do papiro era comum até por volta do século terceiro depois de Cristo.

b)      PERGAMINHO.  Essa palavra designa "peles preparadas de ovelhas, cabras, antílopes e outros animais". Essas peles eram tosadas e raspadas afim de se obter um material mais durável para a escrita. A palavra "pergaminho" tem origem no nome da cidade de Pérgamo, na Ásia menor, pois a produção desse material para escrita esteve, numa certa época, especialmente associada ao local.

c)   VELINO.  Era o nome dado à pele de filhote de diversos animas. Freqüentemente o velino era tingido de púrpura. Alguns dos manuscritos que temos hoje são velino cor de púrpura. Geralmente os caracteres sobre o velino purpúreo eram prateados e dourados.
                  J. Harold Greenlee informa que os mais antigos rolos de pele de animas são de aproximadamente 1.500 a.C.
                                                                  Outros materiais para escrita
d)   ÓSTRACO.  Fragmento de cerâmica esmaltada, bastante usado entre o povo em geral. Esses fragmentos   tem sido encontrados em abundância no Egito e na Palestina.



e)      PEDRAS, que eram escritas com canetas de ferro.

f)        TABLETES DE ARGILA, inscritos com um instrumento pontiagudo e, então,  secados a fim de se Ter um registro definitivo  (Jer 17:13, Ezeq 4:1). Eram os mais baratos e um dos mais duráveis materiais para escrita.

g)      TABLETES DE CÊRA. Um estilete de metal era usado para escrever num pedaço plano de madeira recoberto de cera.

2)      INSTRUMENTOS PARA ESCRITA

a)      CINZEL. Um instrumento de ferro para entalhar as pedras.

b)      ESTILETE DE METAL. "Usava-se o estilete, um instrumento triangular com uma cabeça plana, para fazer as marcas nos tabletes de argila e cêra".


c)      PENA. Era feita de "Junco do mar", com 15 a 40 cm de comprimento sendo que uma das extremidades era cortada de modo a produzir o formato cinzel achatado, a fim de que se pudesse fazer traços grossos ou finos com beiradas largas ou estritas. A pena de junco esteve em uso na Mesopotâmia desde o início do primeiro milênio a.C. , sendo que é possível que tenha sido adotada em outros lugares, enquanto que a idéia de ave parece ter vindo dos gregos, no século três a.C. (Jer 8:8) . A pena era usada para escrever em Avelino, pergaminho e papiro.

d)      A TINTA,  era geralmente uma mistura de carvão, cola e água.

3)      AS FORMAS DOS LIVROS ANTIGOS

a)      ROLOS. Eram folhas de papiro coladas uma ao lado da outra, formando longas tiras, e, então, enroladas num bastão. O tamanho do rolo era limitado por causa da dificuldade de seu uso. Geralmente se escrevia só de um lado. Um rolo escrito dos dois lados tem o nome de opstograto (Ap 5:1). Conhece-se alguns rolos com 43 m mas em geral, os rolos tinham entre 6 e 10m.
Não é de surpreender que Calimaco, pessoa cuja função consistia em catalogar os livros da biblioteca de Alenxandria, tenha dito que um livro é um grande transtorno.

b)      FORMAS DE CÓDICE OU LIVRO. A fim de tornas a leitura mais fácil e menos desajeitada, as folhas de papiro foram montadas em forma de livro, sendo escrita em ambos os lados. Greenlee afirma que o cristianismo foi o principal motivo do códice, ou volume manuscrito antigo.
Os escritores clássicos escreveram em rolos de papiro até aproximadamente o século três depois de Cristo.

4)      TIPOS DE ESCRITA
a)          ESCRITA UNCIAL. Letras maiúsculas deliberadas e cuidadosamente desenhada. Próprias para livros. Os cóis.dices  Vaticano e Sinaíticos  são manuscritos uncia


b)         MINÚSCULAS CAROLINA. 


Uma escrita de letras menores, cursivas, criadas com vista à produção de livros. A mudança de unicais para minúsculas teve início no século nove.
Os escritos gregos eram escritos sem quaisquer espaço entre as palavras. Até 900 AD o hebraico era escrito sem vogais, quando os massoretas introduziram a vocalização.
Bruce Metzger responde o seguinte àqueles da dificuldade de um texto contínuo: "Nessa língua (o grego) a regra é que, com bem poucas expressões, as palavras vernáculas só podem terminar em vogal ou em uma dentre três consoantes: n, r, s (ni, rô, sigma). Além do mais não se supõe que a escrita contínua apresentasse dificuldades excepcionais na hora da leitura, pois, na antigüidade era costuma ler em voz alta, mesmo quando se estivesse sozinho. Assim, apesar da inexistência de espaço entre as palavras, ao pronunciar, sílabas por sílaba o que estava lendo, a pessoa logo se acostumava a ler o texto em escrita contínua.

5)      DIVISÕES
a)        LIVROS
b)   CAPÍTULOS. As primeiras divisões foram feitas em 586aC, quando o Pentateuco foi dividido em l54
      partes (sedarim).
Cinqüenta  anos depois foi seccionado em mais 54 divisões (parashiyyoth e em 669 segmentos menores, para facilitar a localização de referencias. Essa divisão era usada num ciclo de leitura durante o ano.
Os gregos fizeram divisões por volta de 250 AD, nas margens do códice "Vaticano". Estêvam Langtin, professor da Universidade de Paris e posteriormente, arcebispo de Cantuária, dividiu a Bíblia no atual sistema de capítulos (cerda de 1227 AD).

c)          VERSÍULOS. Os primeiros sinais indicativos de versículos variavam desde espaços entre palavras até letras ou números. As primeiras divisões padronizadas de versículos surgiram por volta de 900 AD.
A Vulgata Latina foi a primeira Bíblia a incorporar tanto a divisão de versículos como a de capítulos, tanto no Antigo como no Novo Testamento.


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